O que se deve entender primeiro, é que fora os civis mortos, não existem santos em uma guerra. Todo mundo tem seus esqueletos no armário, e cada um segue seus interesses. Mas algumas observações devem, e precisam ser feitas.
Por Victor Vonn Serran - 24/02/2022
O que se deve entender primeiro, é que fora os civis mortos, não existem santos em uma guerra. Todo mundo tem seus esqueletos no armário, e cada um segue seus interesses. Mas algumas observações devem, e precisam ser feitas.
A primeira é que Putin não queria avançar sobre a Ucrânia. Sua preocupação sempre foi o acesso pelo mar negro, e com o futuro da Rússia, já que a OTAN, que foi criada para conter a antiga URSS, ainda existia, mesmo com a dissolução da antiga coligação.
Quando a OTAN começou exercícios militares com a Ucrânia, e essa anunciou uma possível entrada do país no tratado, ela tirou as possibilidades diplomáticas da mesa. Mesmo assim, financiamentos, armas e exercícios continuavam na fronteira. Repito, Putin queria evitar o confronto, pois bastava manter as duas republicas em uma guerra fria com a Ucrânia e ela já não poderia ingressar no tratado, pois isso está nos documentos que ela mesmo produziu. Mas vendo o avanço do Ocidente, e sua recusa ao menos tentar um meio termo, se viu forçado a tomar sua decisão.
Do contrário, não faria movimentos em progresso, e sim um ataque surpresa e furtivo antes mesmo dos aliados da UE soubessem o que estava acontecendo. Faria isso antes das tratativas, sem mandar recados que não gostaria da OTAN anexando a Ucrânia. É um pensamento lógico e simples de entender.
Enfim, com o envio de tropas e mercenários pagos para esse fim, veículos aéreos russos foram abatidos, nas movimentações de fronteira. É claro que essa provocação não ficaria sem resposta. O resultado é o que acompanhamos nessa madrugada. Não nego que possa existir até uma certa gana da Rússia de anexar a Ucrânia, mas o que fica evidente é que o pessoal da OTAN usou o país para acender o conflito. A questão nunca foi democracia, mas interesse.
Procurem o pronunciamento de Putin antes de mandar as tropas de paz, e vão entender melhor o ocorrido.
O que pedimos a Deus é que proteja os civis. Que tudo acabe o mais rápido possível, e um novo acordo seja costurado para diminuir as tensões, onde todos os lados ganham.
Pois do contrário, todo mundo vai perder.