Se tem uma coisa que aprendi nesses anos que leio política, é que quando se fala de parlamentares dúbios, tudo deve ser olhado com desconfiança.
Por Victor Vonn Serran - 04/04/2022
Se tem uma coisa que aprendi nesses anos que leio política, é que quando se fala de parlamentares dúbios, tudo deve ser olhado com desconfiança.
A pressão no Senado aumentou, assim como a pressão no Supremo, com as repercussões das últimas polêmicas envolvendo a Câmara. Quando Girão anunciou uma convocação para explicações de Alexandre, respondi prontamente nos meus stories, que isso não dava em nada, e que inclusive, poderia azedar o pé de frango.
O Senado ao movimentar os questionamentos, mostra que fez alguma coisa, rebatendo as acusações de que os Senadores estariam fazendo vista grossa para as bagunças dos togados. Isso alivia a pressão em Pacheco, ainda mostrando que os Supremos não são autoritários como pregam seus críticos, atendendo as reivindicações da casa. A encenação vai atingir o pico, quando nas declarações o ministro se mostrar íntegro a altamente atacado por Daniel. As manchetes vão ferver no dia, dizendo que o presidente e seus apoiadores atentam contra as instituições.
Mais do mesmo dos últimos três anos.
Girão defendeu Moro. É contra os Cacs, e faz a mesma estratégia de Janaina no jogo do morde e assopra do eleitorado. Daniel será julgado dia vinte, e nada como parte da opinião pública colocada contra ele alguns dias antes, e isso claro, com aquela mãozinha da imprensa para jogar a militância enfurecida contra deputados do governo.
Senado e Supremo são oposição ao executivo, e não vão mudar de ideia antes de Setembro.
As coisas só vão mudar, quando na próxima gestão, entrar mais dois ministros, ou até três. Dois ainda é pouco para as articulações necessárias.
Até lá, esqueçam as iniciativas que parecem respostas reais. Nossos atores do Senado, não recusariam o Oscar, como fez Will Smith.
E esse filme não acaba tão cedo.